CDI

Manual Completo CDI – Tudo que você precisa saber

O CDI é um titulo de curtíssimo prazo emitido pelos bancos, também chamados de certificados de depósitos interbancários com vencimento curtíssimo de 1 dia.

A taxa média de juros praticada nos certificados interbancários de todo o mercado financeiro é chamada de taxa DI. Esta taxa reflete a expectativa do custo do dinheiro em D+1. Devido a esta característica, o comportamento da taxa do CDI é fortemente influenciado pelo balizamento das taxas de juros praticado pelo Banco Central na condução da política monetária.

Resumidamente CDI é um empréstimo entre bancos com prazo muito curto que tem a função de deixar o banco tomador com saldo positivo ao final do dia para atender uma regra do Banco Central.

Neste artigo você vai ver os seguintes tópicos:

CDI Hoje

Vale lembrar que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) não rende, já que ele não é um investimento, mas sim uma referencia para investimentos em renda fixa.

A mesma pode ser encontrada no site da B3, conforme imagem:

O que é o CDI?

No artigo intitulado Manual Completo CDB você leu que o CDB é um empréstimo que um investidor faz a instituições financeiras em troca de uma remuneração que na maioria das vezes está indexada a taxa do CDI.

O CDI por sua vez é um empréstimo que uma instituição financeira faz a outra para que a mesma sempre fique com saldo positivo no final do dia.

Com características semelhantes ao CDB, o CDI também é uma espécie de empréstimo, só que nesse caso entre instituições financeiras. As taxas negociadas nesse mercado interbancário normalmente não são afetadas por intervenções oficiais diretas, representando de maneira mais isenta as expectativas do mercado quanto ao comportamento das taxas de juros da economia.

Como funciona o CDI?

O Banco Central determina que os bancos devem encerrar todos os dias com saldo positivo de caixa. É uma medida de segurança que procura assegurar que o sistema financeiro seja estável. Pode parecer estranho um banco ficar negativo, mas é possível.

Suponha que determinado dia o banco Santander teve em suas operações mais saques do que depósitos e ao final do dia o mesmo ficou com saldo negativo. No mesmo dia o banco Bradesco teve um cenário diferente e ficou com saldo positivo. Para que o banco Santander atenda as normas do Banco Central ele pega um empréstimo com o Bradesco.

Estas operações são registradas na B3, que calcula a taxa média de juros praticada nos certificados interbancários de todo o mercado financeiro. Essa taxa, divulgada diariamente, é conhecida como “taxa DI” (também chamada de “taxa do CDI”).

Negociado exclusivamente entre instituições financeiras, o Depósito Interfinanceiro (DI) é um título privado de Renda Fixa que auxilia no fechamento de caixa dos bancos, como instrumento de captação de recursos ou de aplicação de recursos excedentes. O Depósito Interfinanceiro não pode ser vendido a outros investidores e não há incidência de impostos sobre a rentabilidade. Os títulos têm elevada liquidez e embutem um baixíssimo risco, normalmente associado à solidez dos bancos que participam do mercado.

Cetip

Quanto é 100% do CDI?

É muito comum encontrar investimentos com o seguinte titulo: “100% do CDI, 120% do CDI” Afinal o que seria isso?

Se um CDB esta remunerando o investidor com 100% do DI significa que o investidor terá um retorno equivalente à taxa média integral dos empréstimos realizados entre os bancos. Se a taxa DI subir durante o período do investimento, o retorno final para o investidor também aumentará. Se cair, o retorno será menor.

Este tipo de investimento é também conhecido como pós-fixado pois apesar do investidor conhecer o seu indexador neste caso o CDI o mesmo não tem controle sobre a flutuação do mesmo. Entra também nesta nomenclatura os investimentos mistos onde é ofertado CDI + spread, CDI+X% ou IPCA+ X%.

Calculo:

Supondo que a taxa do CDI se mantenha no atual patamar temos o seguinte:

Taxa do CDI = 3,65 e CDB com retorno de 120% do CDI

120% = 120/100 = 1,2 logo temos 3,65 *1,2 = 4,38% ao ano

Para mais detalhes sobre este calculo visite o Manual Completo CDB no tópico Como calcular o retorno de um investimento em CDB

Como o CDI afeta os investimentos?

O CDI apesar de ser um empréstimo o mesmo esta disponível apenas para instituições financeiras sendo assim não é possível investir em Certificados de Depósitos Interbancários.

Porem o CDI afeta diretamente os investimentos em renda fixa pois a grande maioria utilizam esta taxa como indexador e outros como referencia.

Investimentos atrelados ao DI flutuam de acordo com a variação da taxa, isso significa que nos dias atuais (Maio/2020) quem investiu em renda fixa pós-fixada esta vendo seu dinheiro render cada vez menos. Pois a taxa DI vem caindo ano após ano.

Investimentos atrelados ao CDI

Uma variedade de investimentos têm a remuneração atrelada à taxa do CDI. É o caso dos CDBs, das LCIs, das LCAs, das debêntures, dos CRIs, dos CRAs e dos fundos DI.

CDBs

CDB é um título privado que pode ser remunerado tomando como base diferentes índices de mercado, um dos mais utilizados é o Certificado de Depósito Interfinanceiro ou Interbancário (CDI), que tem como referência a taxa básica da economia a Selic.

Quando você aplica dinheiro em um CDB na verdade esta emprestando dinheiro a instituições financeiras por um tempo determinado de acordo com as regras pré-estabelecidas.

Os bancos remuneram o CDB pagando certo percentual sobre o CDI. Esse percentual aumenta de acordo com o valor depositado, podendo alcançar até 100% ou mais do CDI.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) lembram bastante os CDBs, porque também são emitidas pelos bancos – desde que tenham alguma atividade de crédito relacionada ao setor imobiliário ou do agronegócio. Essas operações lastreiam a emissão de LCIs e LCAs. Elas contam com a cobertura do FGC.

As letras de crédito pós-fixadas, atreladas ao CDI, são as mais comuns. Em geral, a remuneração que oferecem fica um pouco abaixo da de outros produtos de renda fixa. Isso acontece porque as LCIs e LCAs são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Com essa vantagem, mesmo que tenham uma rentabilidade menor, as letras continuam atrativas para os investidores.

Debêntures

As debêntures também são títulos de crédito, negociados no mercado de capitais. Uma diferença fundamental entre elas e os papéis de bancos são os emissores – que são as empresas. Normalmente, os recursos servem para financiar grandes projetos. Por isso, as debêntures costumam ter um vencimento mais longo que outros produtos de renda fixa.

Muitas debêntures são pós-fixadas e remuneram os investidores com um percentual do CDI. A maioria delas é tributada pela tabela regressiva do Imposto de Renda, com uma exceção: as debêntures incentivadas, usadas para captar recursos para a realização de grandes obras de infraestrutura no país, são isentas de tributos. Esses papéis não são cobertos pelo FGC.

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do Agronegócio (CRAs) são títulos securitizados de renda fixa. Os CRIs são lastreados em recebíveis do setor imobiliário – como financiamentos de imóveis, por exemplo. Já o lastro dos CRAs são recebíveis ligados ao agronegócio – como empréstimos para viabilizar a produção de determinada cultura.

Para você entender melhor, imagine uma construtora que esteja recebendo por um apartamento que vendeu parcelado. Quem comprou se comprometeu quitar a dívida ao longo de vários meses, mas a construtora pode precisar do dinheiro antes disso. Para antecipar os recursos, é possível “empacotar” os recebíveis em um CRI e vendê-lo no mercado. A dívida, assim, é transferida para outro credor e o dinheiro é obtido mais rapidamente.

Muitos CRIs e CRAs são atrelados ao CDI. Uma vantagem desses produtos é que eles também são isentos de Imposto de Renda, como as LCIs e LCAs. Mas não são cobertos pelo FGC.

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